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Política Quinta-feira, 11 de Abril de 2024, 21:15 - A | A

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Quinta-feira, 11 de Abril de 2024, 21h:15 - A | A

ESTUDA REVERSÃO DE DANOS

Presidente do PL admite reflexos de voto de Abilio para soltar Chiquinho Brazão em eleições

Ananias Filho disse que foi uma orientação do partido votar contra a manutenção de prisão preventiva de suposto mandante do assassinato de Marielle Franco

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

O presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, admitiu possíveis reflexos nas eleições municipais do voto contrário do deputado federal Abilio Brunini (PL) pela manutenção da prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido/RJ), acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, há seis anos.

Conforme Ananias, antes da deliberação em plenário, a nacional do Partido Liberal reuniu os deputados nesta quarta-feira (10) e orientou qual seria o comportamento da bancada. Agora, o partido trabalha pela reversão dos danos à imagem de Abilio, articulando argumentos para rebater críticas durante a pré-campanha à Prefeitura de Cuiabá.

"A gente está trabalhando que alguns temas nacionais vão influenciar em campanhas municipais e isso está diagnosticado por pesquisas. Não podemos fechar os olhos que esse é um tema nacional que virá, e vamos ficar contrário ao pensamento de alguns municípios que pensam ser um erro votar pela liberação. Isso nós vamos ter que sofrer e achar um argumento dentro dessa análise. A gente sabe que foi trabalhado ontem essas reuniões se estenderam, teve essa conversa e muitos mostraram essa dificuldade", falou Ananias Filho nesta quinta-feira, à Rádio Cultura.

LEIA MAIS: Deputados bolsonaristas de MT votam pela soltura de acusado de ordenar morte de Marielle Franco

Por sua vez, Abilio não mencionou a orientação do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O deputado federal explicou que votou contra a prisão de Chiquinho Brazão por entender que a prerrogativa estava na contramão da legislação. Segundo Abilio, um deputado tem imunidade, que deve ser respeitada em razão de os parlamentares lidarem com questões opinativas. 

"Acho que não tem a ver com o Chiquinho, nem com a Marielle. A questão em si é a forma que o Judiciário tem agido em relação ao Legislativo. Na Constituição é bem claro sobre quando e como pode ser preso um deputado federal, em flagrante por crimes inafiançáveis. Nessa circunstância, comunica-se a Câmara e prende o deputado. Isso pode ser um precedente muito perigoso", disse Abilio Brunini.

"A imunidade é o caminho que permite o deputado emitir opinião. Para quem representa o povo, a imunidade é essencial", emendou o deputado. 

 BOTELHO RECHAÇOU VOTO

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), oponente de Abilio nas eleições de 2024, afirmou que votaria contra a soltura de Brazão. Botelho tem defendido a estadualização das leis do Código Penal para que os governadores tenham mais autonomia para endurecer julgamentos contra práticas relacionadas ao crime organizado e feminicídio. 

"Não vou fazer opinião sobre o voto de nenhum deputado. Nem criticar, vou falar sobre como eu agiria. Eu votaria para manter a prisão. É um crime hediondo, um crime contra uma mulher, um crime sem sentido nenhum, tem que ser punido, tem que ser criminalizado, tem que ficar preso. A Câmara fez certo em manter a prisão do deputado", avaliou Botelho.

PRISÃO MANTIDA

Abilio está entre os 129 votos contrários vencidos no plenário por 277 votos favoráveis à manutenção da prisão, nesta quarta-feira. Para que a prisão preventiva fosse mantida, eram necessários 257 votos - ou seja, houve 20 a mais do que a exigência do rito. 

Abilio Brunini, Amália Barrros, Coronel Fernanda e José Medeiros, correligionários no PL, além do Coronel Assis (União Brasil) ignoraram a recomendação apontada no parecer de Darci de Matos (PSD-SC), relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Darci acompanhou o Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que Chiquinho Brazão dificultava as investigações, obstruindo a Justiça.

Do outro lado da bancada mato-grossense ficaram Gisela Simona (União Brasil), Juarez Costa e Emanuelzinho - ambos do MDB. 

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