Em 2021, Leticia Spiller entrou com uma ação contra a empresa. Ela queria a remoção de links que levassem para reportagens que repercutiam uma entrevista dela ao programa Reclame na Play, em 2020.
Ela dizia, na entrevista, que Marcius Melhem não seria o único homem em posição de poder que importunou mulheres na emissora (Globo), mas que virou "o mártir da situação". Saiu em sua defesa: "Conheci o Marcius e ele nunca me pareceu uma pessoa que fizesse algo tão agressivo. É uma pessoa muito querida. É duro receber uma notícia assim de uma pessoa querida, de bom coração", afirmou.
A ação contra o Google, segundo a defesa de Spiller, foi para "proteger Letícia Spiller diante de notícias distorcidas e tendenciosas a respeito de uma entrevista concedida que mencionava o suposto assédio em questão."
O site havia levantado vícios no julgamento e pediu o reconhecimento de um entendimento da Segunda Seção do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que trata da invalidação de ordens de remoção direcionadas a provedores de busca e da necessidade de adicionar ao polo passivo das ações os responsáveis pelas publicações tidas como ofensivas. Mas a Justiça decidiu diferente.
É "irrelevante que o Google não hospede o conteúdo infringente", segundo os desembargadores da Câmara Cível. De acordo com a decisão, "a mera disponibilização do acesso seria suficiente para verificar a probabilidade do direito do agravante." A empresa Google afirmou que não vai comentar a decisão da Justiça.
(Com Agência Estado)
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