A identificação foi feita com base em exames datiloscópicos, produzidos a partir das impressões digitais de Melo. De acordo com o investigador Fábio Moller Ernesto, que está à frente do caso, a vítima era uma pessoa em situação de rua e a última residência, conforme os registros civis, foi um albergue na Mooca, zona leste de São Paulo.
A causa do óbito ainda está em investigação, mas os legistas descartam morte por violência. "Não foram identificadas marcas de tiros, facadas ou lesões na região da cabeça", afirmou Moller. Exames toxicológicos, que atestam a ingestão de alguma substância antes da morte, ainda não foram concluídos pelo Instituto Médico Legal (IML).
A data exata da morte também não foi definida ainda pelos legistas, mas, de acordo com o investigador, aconteceu dentro de um período de 10 dias antes do corpo ser encontrado. A polícia vai analisar as imagens das câmeras de monitoramento do parque dentro deste período, informou Moller.
Relembre o caso
No dia de 30 de abril, o corpo de Luiz Carlos Melo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, já sem vida, dentro do lago do Ibirapuera. Ele estava sem roupas e sem documentos. As vestes, segundo o investigador, ainda não foram localizadas também, apesar das buscas. "É possível que ele estivesse tomando banho, mas nada está descartado", disse.
As investigações apontam que a vítima tem registro em albergues da capital desde 2010, e não tinha passagem criminal. Um ofício foi feito ao albergue da Mooca para que o local forneça mais dados de Melo.
"Agora estamos tentando localizar os parentes da vítima para ter mais informações. Mas, até hoje nenhum boletim de ocorrência de desaparecimento foi feito na tentativa de achá-lo. Ou seja, ninguém procurou por ele ainda", disse Fábio Moller.
Em nota, a SSP-SP informou que as equipes "aguardam os resultados dos demais exames periciais, que estão em fase de elaboração e serão analisados pela autoridade policial tão logo forem finalizados".
(Com Agência Estado)
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