Servidores da Santa Casa de Cuiabá realizam protesto em frente a unidade na manhã desta segunda-feira (15). Os funcionários e a diretoria clamam por repasses da prefeitura Municipal e do governo do Estado, que estão em atraso há meses.
Com faixas onde se lia “ A saúde não espera. Não tratá-la é morte certa”, dezenas de servidores se aglomeram no local, chamando a atenção de quem passa pela rua.
A partir deste segunda a Santa Casa da Capital, o Hospital Geral Universitário, o Hospital Santa Helena e a Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis paralisaram os serviços por tempo indeterminado até que os repasses em atraso sejam regularizados.
Segundo a assessoria dos hospitais filantrópicos, a Santa Casa está com os repasses de recursos para os leitos de retaguarda atrasados desde março do ano passado e os funcionários estão com os salários pendentes há quatro meses. Sem ter até mesmo como se deslocar até o trabalho eles decidiram pela greve.
“Os trabalhadores aqui estão sem receber os salários de novembro, dezembro e hoje está fechando mais uma folha de pagamento e o hospital não tem previsão para nos pagar. Alega que os repasses do SUS , um total de R$ 7 milhões não entra na conta. E em meio a esse imbróglio todo a categoria fica sem receber”, explica Dejamir Soares, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen-MT).
O presidente informa que os enfermeiros só irão voltar ao trabalho após a efetivação dos pagamentos atrasados e a definição de uma agenda de pagamentos. Soares também convoca o Ministério Público Estadual (MPE) para auxiliar a classe nesse agendamento.
“Esse problema é vivido por todos os filantrópicos e quem é penalizada é a população que fica sem um atendimento de saúde adequado”, ressalta. “Nós estamos sem comida em casa, luz cortada, água cortada. Estamos sem condições de sobrevivência em casa”, frisa o presidente do sindicato.
A assessoria dos hospitais filantrópicos informou que foi liberado o montante de R$ 33 milhões pela bancada federal para a saúde no Estado. Desse valor, R$ 22 milhões foram autorizados pelo governador em exercício Carlos Fávaro para os hospitais, porém o secretário de Saúde, Luiz Soares, informou aos filantrópicos que iria liberar R$ 7 milhões, mas nada foi repassado ainda.
Assim que foi anunciada a greve dos hospitais, a prefeitura de Cuiabá informou que havia repassado os valores de setembro e que não há valores pendentes.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que foi repassado os valores de setembro e que os outros pagamentos em atraso estão programados.
Leia também
Por falta de repasses, servidores da Santa Casa decretam greve a partir de segunda
Secretária de Saúde explica como são feitos os repasses para os hospitais filantrópicos
Quatro hospitais filantrópicos não irão receber pacientes para UTIs a partir de segunda
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.