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Justiça Segunda-feira, 22 de Abril de 2024, 18:26 - A | A

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Segunda-feira, 22 de Abril de 2024, 18h:26 - A | A

"MEU GERENTE"

Acusado de ser "braço jurídico" do CV mantinha relação constante com líderes e repassava dinheiro; veja

Advogado Roberto Luís de Oliveira instruiu os membros da organização criminosa com informações relevantes a respeito das vítimas, as quais foram utilizadas para a tomada da decisão por parte da liderança no sentido da execução de Joel e Riquelme

VANESSA ARAUJO
Da Redação

O advogado Roberto Luís de Oliveira, apontado como um dos 'braços jurídicos' da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no médio norte mato-grossense, mantinha laços fortes com Tiago Telles, vulgo 'Dark', e Robson Júnior Jardim dos Santos, vulgo 'Sicredi', os líderes da facção em Tapurah (427 km de Cuiabá). Em conversas, Roberto chamava Robson de 'meu gerente' e passava informações sobre pessoas que seriam executadas pelo 'tribunal do crime'. O denunciado também fazia uso de sua conta bancária para repassar dinheiro da organização criminosa. 

LEIA MAIS: MP denuncia advogados alvos da "Operação Gravatas" por integrar 'braço jurídico' do CV

Em um dos trechos da denúncia realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso, consta que Roberto colheu informações sobre Joel Pereira da Silva e Riquelme Souza Felix, que foram sequestrados e executados em abril de 2022 pela facção criminosa em Tapurah. 

Segundo a denúncia, o advogado instruiu os membros da organização criminosa com informações relevantes a respeito das vítimas, as quais foram utilizadas para a tomada da decisão por parte da liderança no sentido da execução de Joel e Riquelme. 

Em uma das conversas, Tiago Telles relata para o advogado que teve que 'tampar' a boca de um dos sequestrados. O advogado apenas responde com “rs…ok”, mesmo sabendo do risco que Joel e Riquelme sofriam no momento. 

REPRODUÇÃO

conversa roberto e tiago telles cv

Em alguns trechos da investigação, Roberto aparece chamando Robson de 'meu gerente', revelando assim a relação hierárquica dos integrantes da organização criminosa.

REPRODUÇÃO

roberto e robson cv

Além dos serviços de consultoria para o tribunal do crime, Roberto também ia a penitenciárias levar recados de Robson Júnior Jardim dos Santos para presos da facção para que não vazassem informações sobre a organização. 

LEIA MAIS: Prints mostram advogado sendo ‘escalado’ pelo CV para fazer cobranças na cadeia

“Na ocasião, o advogado atua no interesse da organização criminosa e não do eventual cliente, uma vez que recebeu a ordem de Robson para orientar o preso a não falar mais nada para a Polícia”, traz um trecho da denúncia do MPMT. 

O advogado também cedia sua conta bancária para movimentações suspeitas do dinheiro de Robson. O faccionado solicitou a Roberto que fizesse uma transferência de R$ 5 mil para uma terceira pessoa através de sua conta pessoal. O dinheiro seria depositado na conta do advogado e ele faria o repasse. 

Reprodução

transferencia roberto para cv

 

REPRODUÇÃO

transferencia roberto para cv

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