O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido da defesa de Cristiano Alves Damasceno, que requereu a revogação da prisão preventiva do réu. Ele é um dos investigados na 'Operação Castelo de Areia', que apura o envolvimento de um grupo com atividades criminosas de tráfico e associação para o tráfico de drogas no município de Rosário Oeste (124 km de Cuiabá). Nos autos, Cristiano integra supostamente o Comando Vermelho e ocuparia as funções de 'gerente' e 'disciplina' da facção.
No pedido, a defesa pedia a revogação da prisão preventiva, argumentando que apenas as medidas cautelares seriam suficientes para o mantimento da ordem pública.
No entanto, o requerimento não foi aceito pelo juiz, que destacou na decisão que Cristiano atuava na facção como 'gerente' e 'disciplina'. Além de ressaltar os indícios de materialidade delitiva e autoria que constam nos autos.
“O increpado foi denunciado por supostamente integrar a organização criminosa Comando Vermelho nas funções de 'gerente' e 'disciplina'. Adiante, no que concerne aos indícios de materialidade delitiva e autoria, a fim de evitar desnecessária tautologia, limita-se à remissão à decisão destes autos, no bojo da qual foram aqueles suficientemente delineados, bem como foi a imperiosidade da medida extrema destacada com base em múltiplos fundamentos”, diz a decisão.
De acordo com o juiz, o acusado foi denunciado sob a alegação de cometer um crime contínuo, e a ordem de prisão é justificada pela necessidade atual de interromper as atividades da organização criminosa e prevenir a reincidência criminosa.
OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA
A operação foi deflagrada em 31 de janeiro de 2023 e um de seus principais alvos era um traficante, conhecido como ‘Príncipe’ ou ‘Magnata’, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por liderar o tráfico de drogas em Rosário Oeste, Nobres e Jangada. A investigação da Delegacia de Rosário Oeste identificou que ele é responsável por gerenciar a venda de entorpecentes e é a ‘voz’ e o centro financeiro das atividades de tráfico.
Por meio de investigação financeira, a Polícia Civil apurou que diversas pessoas, suspeitas de tráfico na região, realizavam constantes transações financeiras a ele, incompatíveis com as atividades lícitas dos investigados. Além disso, o ‘Príncipe’ tinha autorização para ativar novos biqueiros.
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