O mercado também sentiu o peso das novas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, para quem o cenário da economia nos EUA é incerto devido aos efeitos da política comercial adotada pelo presidente Donald Trump. O maior receio dos analistas é de início de uma recessão mundial.
Em Nova York, o Dow Jones recuou 1,73%, enquanto o S&P tombou 2,24%. Mas o pior resultado voltou a ser sentido na Nasdaq, que reúne as ações das empresas de tecnologia, com baixa de 3,07%. Os papéis da Nvidia tiveram desvalorização de 6,87%; no caso da AMD, de 7,35%. O mau humor dos investidores também bateu no Ibovespa, principal referência da Bolsa no Brasil, com queda de 0,72% (aos 128,3 mil pontos).
Só a Nvidia estima um impacto de US$ 5,5 bilhões no seu faturamento por conta da restrição de negócios com a China. Mas o golpe estratégico deverá ser maior do que o financeiro. A companhia considera a venda de chips para a China vital para seu futuro. Ela teme que seu mercado seja engolido pela principal fabricante de chips de IA da China, a Huawei, e que a Huawei comece a desafiá-la em vendas em todo o mundo.
Trump lançou uma guerra tarifária contra aliados e rivais, na qual a China sofreu o maior impacto, tarifada em 145%. Ontem, a Casa Branca informou que o país asiático está sujeito a pagar tarifas ainda maiores, de até 245%, para exportar seus produtos para os EUA. O valor é resultado da soma da sobretaxa de 145% a outras alíquotas que já eram cobradas de produtos específicos, caso de seringas.
Na terça-feira, 15, a Casa Branca transferiu o ônus para a China para dar o primeiro passo na redução da disputa. "A bola está na quadra da China. A China precisa chegar a um acordo conosco. Não temos de fazer um acordo com eles", disse Trump, em uma declaração lida por sua porta-voz, Karoline Leavitt.
A resposta veio ontem. "A China não quer brigar, mas não tem medo de brigar", reiterou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian. "Se os Estados Unidos realmente quiserem resolver a questão por meio do diálogo e da negociação, devem parar de exercer pressão extrema, parar de ameaçar e chantagear, e conversar com a China com base na igualdade, no respeito e no benefício mútuo." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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