O ex-deputado federal por Mato Grosso Nilson Leitão (PSDB) é um dos parlamentares que passou três dias visitando, em missão oficial, locais turísticos de Nova York, com praticamente todas as despesas pagas, entre passagens aéreas e diárias, pela Câmara Federal.
Arquivo pessoal
Conforme a publicação da Folha de S. Paulo, desta segunda-feira (24), o ex-parlamentar foi um dos poucos que em seu relatório reconheceu ter havido passeio na viagem. Ele foi a Nova York de 9 a 16 de dezembro passado e anotou que, nesse período, três dias foram livres para passeio.
As viagens internacionais dos deputados têm levado desde outubro do ano passado uma média de 26 parlamentares para fora do país, por mês, para destinos de Estados Unidos, Europa e Ásia, alguns mais de uma vez.
Ainda de acordo com o jornal, só de janeiro de 2018 a janeiro de 2019, esses deslocamentos custaram R$ 3,9 milhões.
A Folha diz ainda que vários relatórios de viagens apresentados se resumem a poucos parágrafos copiados de textos da internet, sem a citação da fonte, como se fossem a transcrição da experiência própria adquirida pelo parlamentar.
“Nos quatro meses do final da legislatura passada, por exemplo (outubro de 2018 a janeiro de 2019), o já presidente Rodrigo Maia autorizou 37 deputados (22 em fim de mandato) a viajarem para serem observadores de encontros da 73ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Foram R$ 650 mil em gastos”, diz trecho da publicação.
Sem direito a voto ou voz nesses encontros, os parlamentares tiveram dias livres em Nova York e pouco contaram em seus relatórios o que a viagem acrescentou.
Nilson obteve pouco mais de 330 mil votos (12%) no pleito para o Senado, nas eleições passadas, ficando atrás dos eleitos Selma Arruda (PSL) e Jayme Campos (DEM; além de Carlos Fávaro (PSD) e Adilton Sachetti (PRB), terceiro e quarto lugar, respectivamente.
(Com informações da Folha de S. Paulo)
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