Com leve aumento de 0,03% sobre o valor registrado na semana anterior, a cesta básica atingiu um custo médio de R$844,31 nesta quarta semana de abril. Apesar do preço não ter sofrido uma mudança significativa, o que representou uma elevação nominal de apenas R$ 0,27, este é o maior valor já apurado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
Os dados levantados mostram, inclusive, que o valor atual está 12,54% mais alto se comparado ao mesmo período de 2024. Em abril do ano passado, o custo médio era de R$ 750,22.
Nesta semana, observou-se uma queda sazonal no custo da carne bovina, que registrou variação negativa de 4,14%. De acordo com o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, a queda no preço ajudou a conter uma elevação ainda maior no custo total da cesta.
“O recuo observado nesta semana acontece justamente na Semana Santa, quando produtos como o pescado são bastante procurados nesse período do ano. Essa queda impediu que o aumento no custo da cesta fosse maior. Tirando a carne bovina, outros seis itens aumentaram de preço e a outra metade teve pouca ou nenhuma redução de preço”, afirmou Wenceslau Júnior.
Na contramão, o tomate registrou aumento expressivo de 4,79% no seu preço nesta semana, chegando a custar R$ 11,65/kg na média. A temperatura mais amena nas regiões de alta produção tem afetado a maturação dos frutos, o que limita a quantidade a ser enviada para outros estados, que pode estar gerando aumento nos preços.
Outro destaque é a batata, que já acumula seis semanas consecutivas de alta. Nesta semana, o produto teve aumento de 4,74%, custando em média R$ 5,41/kg. O período de chuvas, aliado ao fim de safra, limitou a quantidade colhida, dificultando, assim, a oferta às grandes distribuidoras e ocasionado, consequentemente, aumento de preço do produto.
Após duas semanas com redução de preço, a banana registra um aumento considerável do seu valor, de 4,91%, chegando a custar em média R$ 9,29/kg. A desaceleração das colheitas das principais lavouras, devido ao fim de safra, pode estar relacionada com o aumento dos preços do produto.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior reforçou que “as questões climáticas continuam sendo os principais motivos para a elevação nos preços dos produtos da cesta. No entanto, a processo inflacionário no país também interfere no poder de compra da população, que, segundo estudos recentes, mostram que a maioria dos brasileiros estão comprando menos alimentos, mudando hábitos de consumo devido à alta nos preços”.
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