A esposa do ex-governador Silval Barbosa, Roseli de Fátima Meira Barbosa, também firmou termo de colaboração premiada junto ao Ministério Público Federal (MPF) e se comprometeu a pagar R$ R$ 2.452.290,22 para ressarcimento do dano causado ao erário pelos crimes praticados enquanto ocupou o cargo de secretaria Secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, entre os anos de 2010 e 2014.
A ex-secretária é acusada de integrar organização criminosa liderada por seu esposo, na qual atuou na lavagem de recursos desviados. Ela é investigada na Operação Arqueiro, na fase Ouro de Tolo, na qual é imputada à ré os crimes de: peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude à licitação. A ação tramita na Sétima Vara Criminal de Cuiabá.
Como forma de pagamento da indenização, Roseli entregou à Justiça um terreno localizado no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, com 5.680,78m² avaliado em R$1.250.000,00 e um apartamento residencial, com três vagas de garagem, localizado no Edifício Riviera da América, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, avaliado em R$1.202.290. Os bens ficarão a disposição do Estado.
O depoimento de Roseli foi colhido pela procuradora de Justiça, Vanessa Cristhina Marconi Zago Ribeiro Scarmagnani, no dia 22 de março deste ano, e encaminhado ao procurador geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros. A delação foi homologada pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ouro de Tolo
Segundo o MPE, a empresa Microlins e os Institutos de Desenvolvimento Humano (IDH/MT) e Concluir receberam do Estado quase R$ 20 milhões para executar programas sociais referentes ao “Qualifica Mato Grosso”, “Copa em Ação”, entre outros.
Roseli Barbosa, na época, foi acusada de liderar um esquema de desvio de dinheiro público durante o período em que comandou a Setas. Segundo a denúncia do Gaeco, ela ficava com 40% do dinheiro desviado através de instituições sem fins lucrativos de fachada.
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