Sábado, 19 de Abril de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,81
euro R$ 6,61
libra R$ 6,61

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,81
euro R$ 6,61
libra R$ 6,61

Justiça Sexta-feira, 18 de Abril de 2025, 09:23 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Sexta-feira, 18 de Abril de 2025, 09h:23 - A | A

RECUSOU ATENDER

Defensoria bloqueia R$ 212 mil de hospital e garante cirurgia cardíaca em bebê

Criança com uma cardiopatia congênita grave aguardou 11 dias pela realização do procedimento, mesmo após ordem judicial

DA REDAÇÃO

A Defensoria Pública de Mato Grosso (DPEMT) garantiu na Justiça o bloqueio de R$ 212,4 mil em nome do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de São José do Rio Preto (SP), para custear uma cirurgia cardíaca de urgência no bebê A.G.R.D., de nove meses, morador de Matupá (684 km de Cuiabá). A criança, diagnosticada com uma cardiopatia congênita grave, aguardou 11 dias pela realização do procedimento, mesmo após ordem judicial, porque o hospital se recusava a operar sem o pagamento antecipado – prática incomum na relação com o poder público.

A situação chamou a atenção da defensora pública Marina Pezzi, responsável pela comarca de Matupá. Segundo ela, a negativa da unidade hospitalar em cumprir a decisão judicial e atender a urgência médica violou os direitos constitucionais à saúde e à vida.

“O hospital alegou que só faria a cirurgia após receber os valores. E a negativa em cumprir a ordem judicial e em resolver a necessidade urgente da criança violou o direito constitucional à saúde e à vida. A negativa em realizar o procedimento também impôs à família uma peregrinação humilhante pela garantia de seus direitos fundamentais e a omissão estatal e a burocracia não podem prevalecer sobre a vida de um bebê”, afirmou a defensora.

Com laudo da cardiologista pediátrica Daniela Maria Rossetto, que atestava risco real de óbito devido ao agravamento da condição, a Defensoria ingressou com ação de obrigação de fazer, obtendo decisão liminar favorável em 29 de janeiro. O juiz substituto da Vara Única de Matupá, Marcelo Botelho, determinou o bloqueio dos valores e o cumprimento da ordem em até 24 horas. Mesmo intimado, o hospital manteve a recusa e passou a ser multado em R$ 10 mil por dia de descumprimento.

Diante da persistência, o juiz expediu nova decisão em 3 de fevereiro, autorizando o levantamento imediato dos valores e determinando a instauração de inquérito contra o diretor do hospital pelo crime de desobediência. Só então, o procedimento foi realizado.

A criança precisou ser levada a outro estado porque o Sistema Único de Saúde (SUS) não dispunha de hospital apto a atender pacientes com menos de 10 quilos em Mato Grosso – o bebê pesa apenas seis. O Estado também providenciou passagens aéreas para o bebê e sua mãe. Ambos já retornaram para casa, e a criança passa bem.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

(65) 99318-9565

pautas@hipernoticias.com.br